Categorias
Sem categoria

Crise do Segundo Reinado e Abolição da Monarquia

Eae, Bora papirar?

Nosso tema de estudo de hoje retrata uma época de muito tempo atrás, mais precisamente, lá em 1870, quando o movimento abolicionista cresceu vertiginosamente no Brasil.

Estamos falando, obviamente, da abolição da escravidão.

É necessário compreendermos que:

  • Os abolicionistas – muitas vezes – se posicionavam em seus jornais nas grandes capitais do país, denunciando as mazelas da escravidão para a nação;
  • Por vezes, alguns abolicionistas apoiavam rebeliões e fuga de escravos;
  • José do Patrocínio e outros militantes abolicionistas fundaram, 1883, a Confederação Abolicionista, unindo diversas associações antiescravistas;
  • Os escravos fugiam cada vez mais e resistiam em quilombos, infernizando as autoridades;
  • A opinião pública internacional, cada vez mais contrária à escravidão, também pressionava o governo. Assim, a escravidão foi sendo extinta gradativamente por meio de leis.

Conheça cada uma dessas leis:

  • Lei do Ventre Livre (1871) – tornava livres todos os filhos de escravos nascidos a partir do início de sua vigência;
  • Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários (1885) – tornava livres os escravos com mais de 60 anos e os obrigava a trabalhar mais 3 anos para os ex-senhores como forma de indenização;
  • Lei Áurea (1888) – acabava definitivamente com a escravidão no Brasil.

Mesmo após o fim da escravidão, a vida dos negros continuou sendo difícil (não houve esforço dos governos inicialmente em integrá-los à sociedade).

Muitos fizeram roças de subsistência, outros conseguiram empregos precários nas zonas rurais e outros foram para as cidades, onde formaram uma mão de obra marginalizada que ocupou as periferias.

O crescimento do movimento republicano

  • Na década de 1860, dissidentes do Partido Liberal fundam o Partido Liberal Radical, que defendia o fim da escravidão, maior autonomia para as províncias e o fim do Poder Moderador;
  • Na década de 1870 o Partido Liberal Radical daria origem ao Partido Republicano;
  • O republicanismo e o abolicionismo cresciam fortemente nas grandes cidades, graças
    – principalmente – aos jornais que vinculavam suas ideias;
  • Os republicanos buscaram o apoio do Exército Brasileiro, que saíra da Guerra do Paraguai fortalecido e, com isso, achava-se no direito de ter maior influência no poder;
  • O Exército, na época, estava sofrendo forte influência do Positivismo, uma ideologia de
    origem francesa, que acreditava que o progresso da sociedade era atingido por meio da razão e da ciência;
  • O lema positivista era “O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim”,
    que mais tarde influenciaria o lema presente na bandeira da república brasileira, “Ordem e Progresso”.

Muitos militares viam, no Positivismo, a justificativa teórica para colocar o Exército em posição de destaque na sociedade brasileira. E, ao mesmo tempo, o Positivismo acreditava que o melhor sistema de governo a ser seguido era uma República forte, centralizada e orientada por princípios racionais. Dessa maneira, o Positivismo acabou por influenciar – e muito – o movimento republicano brasileiro, sobretudo na esfera militar.

Na década de 1880, a antipatia do Exército contra o governo monárquico piorou por conta da chamada Questão Militar (uma sucessão de embates entre membros do Exército e a Monarquia).

Em 1883, um grupo de oficiais atacou o governo por conta de um projeto de revisão da aposentadoria dos militares: em resposta, o governo recuou da proposta, mas proibiu que membros do Exército utilizassem meios de comunicação para atacarem as autoridades do império.

Em resposta a isso, o Tenente-Coronel Sena Madureira publicou um texto no qual saudava um jangadeiro cearense que se recusou a transportar escravos na província do Ceará, e que por isso havia se tornado símbolo da causa abolicionista. O governo notou que aquilo era uma provocação ao sistema escravista do império e transferiu Sena Madureira forçadamente para o Rio Grande do Sul.

Em 1886, o Coronel Cunha Matos fez um texto com inúmeras críticas ao então Ministro da Guerra, e foi punido com uma detenção.

Sena Madureira novamente publicou um artigo falando que estava sofrendo uma perseguição, e o Ministério da Guerra pediu sua punição.

Nesse contexto, um grupo de oficiais de Porto Alegre, autorizados pelo vice-presidente da província, Marechal Deodoro da Fonseca, fez novo protesto contra a lei que proibia o direito de resposta dos militares nos meios de comunicação.

A Questão Militar desgastou enormemente a relação entre o Exército e a Monarquia, que também estava perdendo prestígio com a Igreja, por conta da chamada Questão Religiosa.

Em 1864, o Papa determinou que os católicos envolvidos com a Maçonaria fossem excomungados, porém D. Pedro II, que era maçom, valendo-se do regime do Padroado (que permitia com que ele nomeasse os membros do Clero no Brasil e com que ele aprovasse ou anulasse as bulas papais no país), fez um decreto no qual não reconhecia o valor da ordem vinda de Roma.

Mesmo assim, os Bispos de Olinda e Belém decidiram obedecer à ordem do Papa, e expulsaram os membros das igrejas locais envolvidos com a Maçonaria. Inconformado, D. Pedro II condenou esses bispos à reclusão e à prestação de trabalhos forçados.

Os membros da Igreja, com isso, passaram a atacar o regime imperial, criticando o
autoritarismo de Pedro II.

A decisão foi anulada posteriormente, mas o estrago estava feito: o império perdeu o
apoio incondicional da Igreja Católica brasileira.

A proclamação da República

Entre 1887 e 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca – envolvido na Questão Militar – se reuniu com diversos líderes do movimento republicano: Benjamin Constant, Cunha Matos, Sena Madureira, José Simeão, etc.

Em 1889, assumiu o cargo de presidente do Conselho de Ministros o Visconde de Ouro Preto.

Os militares temiam que o Visconde iria dissolver o Exército e fortalecer a Marinha e a
Guarda Nacional. Diante disso, o Marechal Deodoro foi convencido pelos líderes republicanos a derrubar o regime.

Os militares e republicanos civis arquitetaram um golpe que, de início se daria no dia 20 de novembro de 1889, mas correram boatos de que o plano teria sido descoberto e eles decidiram antecipar a ação.

Na manhã do dia 15 de novembro de 1889, um grupo de militares do Exército, liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, derrubou o Visconde de Ouro Preto. Logo em seguida, o grupo proclamou a República no Brasil.

O imperador e sua família reconheceram a derrota e foram embora do Brasil, partindo
para um exílio na Europa.

Dom Pedro II morreria em Paris em 1891.

E ficamos por aqui… Até a próxima!

Categorias
militarismo

Rotina de aluno na ESA

Fala, galera! Esperamos que esteja tudo bem com vocês!

Para o post de hoje, nós, do Eu Militar, organizamos um “resumão” com a rotina do aluno do nosso tão sonhado concurso da ESA.

Pode acreditar que dificilmente alguém vai te contar melhor que um próprio militar como é a rotina de um combatente (ainda bem que temos a sorte de ter uma equipe formada por professores concursados e integrantes das forças armadas 🤭). Então “bora” ver o que o terceiro-sargento e professor de matemática Caio nos diz a respeito:

Vai descendo o post! 👇

Antes de compreendermos como foi ser aluno da Escola de Sargentos das Armas é de extrema importância que saibamos como ele chegou até lá – acredite, isso aqui vai te servir como motivação.

Nossa história começa em 2010, quando ele terminou o ensino médio sabendo nada com nada (mesmo estudando em escola particular, não deu valor algum aos estudos). Foi quando Andrews (seu amigo pessoal, atualmente 3º sargento de Infantaria e suporte e administrador do Eu Militar) deu a ele o conselho de estudar para concursos militares. O 3º sgt. Caio passou o ano todo estudando fielmente para chegar lá “na hora do vamos ver” e tomar aquela porrada, foi reprovado por português – e é aqui que a parte motivacional entra – no começo ele ficou frustrado, pensou em desistir e tentar uma faculdade (ainda bem que não fez isso, do contrário, eu, uma mera mortal, não estaria aqui escrevendo para vocês), mas logo se recompôs e retomou os estudos. Em 2012 passou mais um ano de muita privação e foi aprovado. Iniciou os estudos em Pouso Alegre – MG (vou disponibilizar no final deste post o link do vídeo em que ele conta como foi seu primeiro dia no exército).

Como você já deve saber: no final do período básico cada aluno escolhe sua arma. O sgt. optou por infantaria.

Chegando lá você já toma um choque: o prédio, a quantidade de alunos, os instrutores gritando e apitando o tempo todo, tudo assusta.

Já se prepara para dormir meia-noite, uma ou duas da manhã – se você dormir – e acordar às 4h. O curso já começa com uma quarentena (como o próprio nome já diz, são 40 dias sem poder sair para a rua) e logo após começam as instruções. Na época em que ele estudou (2014) durante o dia os alunos tinham instruções militares – algumas na própria ESA – e em seguida tinham uma prova em relação à matéria estudada. No início, as instruções eram na própria ESA, mas em seguida muitas passaram a ser no Atalaia (um campo de instrução que ficava a 4 km da base de Três Corações) – e adivinhem – eles iam marchando até lá com fuzil, mochila e capacete sempre que tinha treinamento.

De 10 meses de duração da ESA, pelo menos 5 meses foram no campo tendo instruções, fazendo acampamento, fazendo marcha, orientação no terreno, muito TFM (treinamento físico militar). Então basicamente era: de manhã instrução, de tarde TFM para se preparar para o TAF (teste de aptidão física), muitos acampamentos (aproximadamente 12), acampamento da infantaria de patrulha, duas marchas de 50 km, etc.

Nos finais de semana, se não estiver punido ou de faxina, você pode ir para a rua. Alguns alunos optam por alugar uma casa e fazer uma espécie de república. Todo mês há um licenciamento para que os alunos possam ver a família, saem ônibus de lá direcionados a diversas partes do Brasil para facilitar a locomoção e no meio do ano há também as férias de julho. Em 2014 houve a Copa do Mundo e a turma pegou 21 dias em casa.

Há também as olimpíadas que rolam entre a Escola de Sargentos das Armas contra a Escola de Sargentos da Aeronáutica e a Escola de Sargentos da Marinha e dentro dessas modalidades você pode competir.

Depois de uns três, quatro meses o dia a dia é bem mais calmo na ESA, os treinamentos vão apenas até 17h, às 18h você janta e fica livre até meia-noite para fazer o que achar melhor.

Obs.: As provas de infantaria não são tão puxadas, mas quando somadas à rotina, que é extremamente cansativa, acabam dificultando a vida do aluno.É importante ter foco, pois são essas notas que definirão para qual estado você vai.

E é isto! Ficamos por aqui e até a próxima!

Vídeo: “Como foi o meu primeiro dia no exército?”

Categorias
militarismo

Formas de ingresso da mulher no exército

Fala, galera! Tudo bem com vocês?

Todos já estão cansados de saber que as mulheres estão isentas do serviço militar obrigatório, mas, porém, contudo, entretanto, todavia há muitas outras formas de uma mulher ingressar na carreira militar – seja como militar de carreira ou temporário – e aqui nesse post nós listamos cada uma delas.

Dá uma olhada aí nas escolas que você, seguidora, pode se inscrever!

NÍVEL MÉDIO

  1. ESA (Escola de Sargentos das Armas)

Requisitos:

  • Ter ensino médio completo;
  • Ter, no mínimo, 17 e, no máximo, 24 anos de idade (no ano da matrícula) para a área Geral/Aviação;
  • Ter, no mínimo, 17 e, no máximo, 26 anos de idade (no ano da matrícula) para as áreas de Música e Saúde;
  • Ter, no mínimo, 1,55m de altura;
  • Não ter filhos ou dependentes e ser casada, ou estar em união estável.

Quais são as áreas que você (mulher) pode escolher?

  • Intendência;
  • Topografia;
  • Manutenção de Comunicações;
  • Material Bélico;
  • Aviação;
  • Saúde;
  • Música.

Obs.: Ao ingressar no exército você não irá propriamente para a ESA, em Três Corações – MG, mas sim para a EsSLog (Escola de Sargentos de Logística), no Rio de Janeiro.

Número de vagas:

Para Música e Saúde não há número específico de vagas para homens ou mulheres, pois há ampla concorrência. Já para as outras áreas, normalmente são liberadas cerca de 100 vagas para mulheres e 900 para homens.

Após formada você sairá como terceiro-sargento e com nível superior tecnólogo (o mesmo é válido para os homens).

2. EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército)

Requisitos:

  • Ter, no mínimo, 17 e, no máximo, 22 anos de idade (no ano da matrícula).

Quais áreas podem escolher?

  • Intendência;
  • Material Bélico.

Sobre o curso:

  • São 5 anos de formação, sendo 1 (um) ano na EsPCEx e os outros 4 (quatro) anos na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) em Resende, no Rio de Janeiro;
  • Completa o curso com diploma de nível superior (Bacharel em ciências militares);
  • Sai formada(o) como aspirante a oficial do exército brasileiro;

Quantas vagas para mulheres?

  • Apenas 50 (infelizmente), mas temos esperança de que um dia isso pode mudar.

3. IME (Instituto Militar de Engenharia)

  • É preciso ter, no mínimo, 16 e, no máximo, 22 anos de idade (no ano da matrícula);
  • É um dos vestibulares mais difíceis do Brasil;
  • Voltado para quem quer fazer engenharia;
  • Não há vagas diferentes para homens ou mulheres, a seleção ocorre por ampla concorrência;
  • Ao fazer o concurso você já escolhe se quer seguir carreira como militar ou como civil (apenas estudando na faculdade);
  • No último concurso foram 71 vagas para militar de carreira e 27 vagas para civis;
  • Caso escolha ser militar de carreira você se formará como primeiro-tenente.

NÍVEL SUPERIOR

4. EsFCEx (Escola de Formação Complementar do Exército)

  • Ter, no máximo, 32 anos de idade (no ano da matrícula);
  • Não são todos os anos que abrem inscrições para as mesmas áreas e com a mesma quantidade de vagas, então é importante ficar sempre atento ao edital;
  • É um concurso muito concorrido e abrem pouquíssimas vagas (no máximo 10);
  • Enfermagem e direito são as áreas mais buscadas;
  • As principais áreas são: direito, administração, pedagogia, enfermagem, comunicação social, estatística, psicologia, veterinária e magistério (para todas as licenciaturas).

Como funciona a formação?

  • Será na cidade de Salvador;
  • Dura aproximadamente 10 meses;
  • A (o) aluna (o) já sairá formada (o) como primeiro-tenente (oficial);

5. EsSEx (Escola de Saúde do Exército)

  • Apenas para alunos formados em medicina, odontologia e farmácia;
  • O curso de formação será em Benfica, no Rio de Janeiro.

“Qualquer posto pode ser alcançado por qualquer mulher que achar que pode.”

carolina reis, primeira mulher a chegar na diretoria de obras de cooperação.

Para saber mais sobre esse assunto, não se esqueça de acompanhar nosso canal no YouTube e ler o edital do concurso!

Categorias
militarismo

A aprovação é possível e está próxima. Depende de você!

Introdução:

Ser aprovado em um concurso militar não é um bicho de sete cabeças. É absolutamente possível conseguir a aprovação, tanto para a carreira de praças quanto para a carreira de oficiais. Entretanto, como quase tudo  na vida,  a aprovação tem um preço. E, de maneira geral, o preço será esforço, sacrifício e  abdicação.

Mas esse esforço é tão absurdo assim? Vai depender de quão preparado intelectualmente, psicologicamente e fisicamente você está. Vai depender também do concurso que você vai fazer. Entretanto, pode ter certeza, esse esforço não é insuportável e nem vai te matar.

E o sacrifício é grande? Não. Sacrifício grande é ser pregado na cruz pra tentar salvar um monte de pessoas más, hipócritas e sanguinárias. Estudar pra fazer uma prova é “tranquilão”, pode acreditar! E digo mais, se você conseguir sentir prazer – ou pelo menos não se incomodar em estudar -, o sacrifício nem vai existir. Será zero.

E a abdicação? Deve ser péssimo deixar de fazer as coisas que a gente gosta, né? Mas olha a tua vida aí. Pensa em todas as coisas que você gosta de fazer. TODAS estão relacionadas, direta ou indiretamente, a dinheiro. Se daqui a alguns anos você não tiver dinheiro suficiente, você não poderá fazer nenhuma delas. “Ah, mas dormir é de graça”. É? E o aluguel da tua casa (ou o dinheiro pra comprar ou pra construir)? Ou você acha que dormiria esse sono de princesa se morasse na rua? Pois é. Tem gente que mora na rua… seja solidário(a) a essas pessoas. Porém, até pra ser solidário, você vai precisar de dinheiro em algum momento. Assim como vai precisar de dinheiro pra comer, jogar bola, jogar videogame, soltar pipa, namorar, bancar combo de bebida falsificada na night/balada, pagar o dízimo na igreja…

Porque fazer concursos militares é uma boa opção atualmente ?

Já deu pra perceber que você vai precisar de dinheiro pra tudo, né? E as perspectivas para o nosso país não são as melhores… O desemprego é altíssimo, as condições são precárias para a maioria daqueles que conseguem um emprego e empreender não é tão fácil quanto dizem os coaches do Instagram. Então, caso você não seja filho de milionário, comece a abdicar de pequenas coisas agora pra você não precisar abdicar de coisas muito maiores a vida toda.

Como militar você não vai ser rico, mas vai ter uma vida digna, com a possibilidade de fazer a maioria das coisas que você gosta.

E é claro que isso não é exclusividade dos membros das Forças Armadas, mas os concursos militares são uma boa oportunidade pra quem deseja ter uma vida financeira estável.

As provas de ciências humanas em concursos militares:

Dito isso, vamos nos aprofundar no caso das ciências humanas.

Por algum motivo, as forças armadas brasileiras negligenciam um pouco o conhecimento em ciências humanas em seus concursos.

Entre as principais alternativas para quem quer seguir a carreira militar,  apenas EsSA e EsPCEx cobram história e geografia.

Caso você queira prestar um desses concursos (ou os dois), você tem que saber ciências humanas. E mais: você tem que saber o que estudar, por onde estudar e como estudar ciências humanas.

O que estudar?

O que estudar é simples de saber. Basta pegar o edital do teu concurso. Para de preguiça e vai ler o edital! Ponto.

“Ain, mas não tem uns assuntos que caem mais?” Sim, mas o que aconteceu no passado não é garantia de que o mesmo acontecerá no futuro. Pode ser que expansão ultramarina portuguesa tenha caído na prova de história dos últimos dez anos e não caia justamente no teu ano. E aí?

“Ain, mas eu vou perder tempo estudando um monte de coisa que não vai cair?” Se você souber exatamente os conteúdos que serão cobrados, beleza, estuda só eles. Mas se você não souber, vai ter que estudar tudo que está no edital. É óbvio que você pode dar uma atenção especial aos assuntos mais cobrados, principalmente caso você já tenha fechado toda a matéria  ou caso você tenha muito pouco tempo pra estudar. O ideal é que você domine todo o conteúdo. Afinal, nunca se sabe o que vai ser cobrado.

Se alguém disser que um determinado assunto vai ser cobrado COM CERTEZA, das duas, uma: ou essa pessoa está mentindo, ou essa pessoa é criminosa por ter tido acesso e vazado informações  sigilosas sobre um exame intelectual de um concurso público antes de sua realização. Portanto, estude tudo!

Por onde estudar?

Também é simples. É simples porque o edital te fala o conteúdo que você deve estudar e os livros que você deve ler. E, caso alguma questão cobre informações  diferentes ou que não estão presentes no conteúdo e nos livros do edital, ela será anulada. Olha que maravilha! É praticamente um manual de instruções, basta fazer o que eles dizem pra você se dar bem na prova.

Entretanto, outros livros ou coleções de livros didáticos de ensino médio podem te ajudar muito. Se você tem algum livro de ensino médio aí, não deixe ele de lado porque ele pode ser útil em algum momento (principalmente se você não tiver acesso aos livros do edital). Mas o ideal é você estudar pelos livros indicados, então, se você puder comprá-los ou pegá-los emprestados, faça isso.

“Pô, professor, mas eu arrumei uma apostila ~bizurada~ com um conhecido meu que passou na ESA ano retrasado”. Ok! Se você confia na procedência dessa apostila, estude por ela, mas não deixe de ler os livros do edital.

“Pô, mas eu comprei um curso ~bizurado~ com aulas super hiper ultra mega maravilhosas”. Que bom! Mas se você pode comprar curso, provavelmente também pode comprar os livros do edital (no sebo é baratinho). E isso vale para o nosso curso também. Nós da Equipe Eu Militar não enganamos ninguém e temos a humildade de reconhecer e afirmar que, mesmo que sejamos capacitados e nos esforcemos muito para oferecer um produto com a maior qualidade possível, não somos capazes de substituir os livros do edital. Sempre vai haver a possibilidade de algum detalhe do rodapé da página 213 passar batido nas aulas do teu curso, nos exercícios resolvidos ou na  tua apostila. Pode ser que você seja aprovado apenas assistindo aulas no teu curso? Sim. Pode ser que você seja aprovado apenas lendo uma apostila ~bizurada~? Sim.

Ainda assim, leia o livro! Suas chances serão maiores.

Como estudar?

Essa é a parte mais complexa. Cada ser humano é um universo. Somos pessoas completamente diferentes umas das outras. Cada um tem suas especificidades, qualidades, defeitos, virtudes e fraquezas.

Fulano consegue aprender tudo só assistindo aulas, mas não costuma se sair bem fazendo questões. Sicrano consegue aprender tudo só lendo, mas não consegue se concentrar em aulas. Beltrano tem muita facilidade pra responder questões, mas esquece o conteúdo muito rápido. E você? Você sabe identificar seus pontos fortes e fracos? Se souber, melhor. Em todo caso, estude de todas as formas que estiverem ao seu alcance. Leia, assista aulas, faça resumos, revisões e, principalmente, exercícios. Se você quiser/puder/conseguir, explique a matéria de geografia ou história que você já estudou para seus pais, amigos, namorado(a), etc. Isso é um trunfo pra quem estuda pra concursos, pois é a melhor maneira de fixar um conteúdo. E pouquíssima gente se propõe a fazer por preguiça, vergonha ou outros motivos.

Resumindo, estude de todas as maneiras possíveis até o ponto em que você consiga identificar qual é o melhor método pra você. Após identificá-lo, utilize-o mais intensamente, mas não deixe de estudar de outras formas.

Mas, caso você não esteja habituado a estudar e queira uma receita de bolo, lá vai: leia, assista aulas e faça muitos exercícios. Depois de um tempo, revise. Caso você faça isso com afinco, suas chances serão muito maiores.

~Macetes~ e ~bizus~. Cuidado!

“Pô, mas eu quero uma coisa mais fácil. Não tem nenhum macete não?” Tem: parar de correr atrás de macetes, aprender o conteúdo e se habituar a fazer questões.

“Pô, mas tem uns professores que fazem umas musiquinhas legais pra ajudar a gente a decorar a matéria”. Isso pode até ser útil, mas certamente você já tentou lembrar a letra daquela música do Belo em algum momento e não conseguiu. Certamente já confundiu o nome daquela gatinha ou daquele gatinho. Certamente já foi na padaria pra sua mãe e esqueceu de comprar uma das coisas que ela pediu.

E se você esquecer a musiquinha da matéria no dia da prova? Portanto, aprenda musiquinhas se você quiser, mas não dependa disso. Domine o conteúdo. Aprenda.

“E mapa mental, professor? Tem vários mapas mentais bonitinhos e coloridinhos na internet. Posso estudar por eles?” Claro, mas saiba que olhar um mapa mental sem sequer saber do que aquilo se trata vai ser absolutamente inútil pra você. Serão apenas palavras aleatórias que não farão nenhum sentido.

Mapas mentais são muito úteis depois que você já estudou sobre aquele assunto. Utilize-os para fazer revisões, organizar as ideias na tua cabeça e correlacionar conhecimentos. Se possível, faça você mesmo os seus mapas mentais, isso vai te ajudar muito a fixar os conteúdos.

Aprofundar demais pode ser ruim

“Caraca, eu sou apaixonado por militarismo, por isso estudo muito a história do glorioso Exército Brasileiro. Sei todas as táticas de guerra utilizadas na guerra do Paraguai e sei até a cor da cueca do Duque de Caxias”. Maneiro, mas isso não vai fazer você ser aprovado. Ninguém quer que você seja especialista em um determinado assunto de geografia ou história. Nada te impede de, no futuro, se aprofundar ou até mesmo passar a trabalhar com um tema que te agrada muito, mas, nesse momento, tu não vai fazer prova do Instituto Rio Branco pra ser diplomata. Tu não vai se candidatar a uma vaga de pós doutorado em Geografia na Sorbonne. Tu vai fazer a prova da ESA ou da EspCEx. Então, não gaste toda a tua energia se aprofundando em algo que não vai ser útil agora. Guarde-a pra estudar aquilo que você ainda não domina.

A importância de conhecer sua prova.

Conheça a tua prova! Os concursos militares têm duas grandes facilidades em relação a outros concursos no Brasil: a recorrência e a monotonia. Todo ano tem prova e muito raramente alguma coisa muda. É muito mais fácil conhecer uma coisa frequente e imutável que conhecer uma coisa inédita e misteriosa aos teus olhos. Aproveite essa molezinha e se aproxime da tua prova.

Você precisa ser íntimo dela, precisa saber o nível de dificuldade, a maneira como as questões são cobradas, os assuntos mais frequentes e como cada um deles costuma aparecer.

Você precisa ter uma relação de proximidade com o teu concurso que transcenda os estudos. Tu tem que saber o cheiro da tua prova, saber o som que ela faz, tem que perceber a sensação que ela causa em você. Claro que isso é um clichê, mas é um clichê necessário para que você entenda a importância de dominar completamente o teu concurso. E isso é uma coisa que você só vai alcançar com a prática, fazendo e refazendo provas anteriores.

Esqueça o decoreba

“Professor, eu tava olhando as provas anteriores e vi que tem muito decoreba em história e geografia”. Em partes, tem muito decoreba sim. Por exemplo, o cara dá as características de um determinado fenômeno e depois pergunta o nome dele, aí é só tu marcar a opção certa.

Em geral, as provas de geografia e história para escolas militares são bem simples e cobram um conhecimento quase meramente descritivo, avaliando muito pouco a capacidade analítica e crítica do candidato, mas nem por isso você vai conseguir ser aprovado decorando nomes aleatórios. Se você tentar decorar toda a matéria da tua prova, tu vai ficar maluco, completamente louco, e não vai conseguir decorar nem 2%.

Se você ainda acha que história e geografia é decoreba, se mata. Brincadeira, não precisa se matar, mas comece a mudar a maneira como você enxerga e estuda essas matérias.

Geografia e História são, por excelência, ciências que estudam, descrevem e interpretam diferentes fenômenos e/ou fatos, as relações entre eles e os diversos processos relacionados a eles.

Sendo assim, é necessário que o candidato, além de saber os nomes ou as datas dos fenômenos e fatos históricos, compreenda toda a engrenagem que os envolve, suas causas, consequências e possíveis relações com outros fenômenos ou fatos.

Não basta decorar as palavras “quente” e “úmido”, por exemplo, para o clima equatorial no Brasil. É preciso compreender que ele é quente por ocorrer em áreas próximas à Linha do Equador, onde a incidência de radiação solar é muito grande. E úmido devido à grande quantidade de vapor d’água liberado para a atmosfera através do processo de evapotranspiração, que é realizado pelos vegetais da Floresta Amazônica, que é uma floresta equatorial, cujas características são justamente a grande densidade e a presença de muitos vegetais latifoliados, que, por sua vez, liberam muito vapor d’água pra atmosfera ao terem suas folhas grandes e largas entrando em contato com a radiação solar, tão abundante nessa região.

Percebem quanto conhecimento está entrelaçado e como é fácil perceber as relações entre eles? É dessa maneira que o estudo de geografia e história deve ser conduzido.

Evitar a fadiga e organizar o tempo e os estudos

Um último detalhe: cuidado com o cansaço!

Sempre dizem que você tem que estudar muito. E tem mesmo. Mas em determinados momentos estamos tão cansados que não conseguimos prestar atenção no que estamos fazendo, o estudo se torna improdutivo e gastamos a energia que poderia ser utilizada para realmente aprender. Se você perceber que isso está ocorrendo, pare, descanse meia hora, coma alguma coisa, faça algo que te distraia e volte a estudar depois.

Uma coisa que certamente vai te ajudar muito é organizar seu tempo e os seus estudos. É extremamente benéfico ter uma programação adaptável ao seu tempo disponível e às suas necessidades, especificidades, dificuldades e facilidades. Isso te ajudará muito a planejar e organizar seus estudos e seu tempo, tirando o máximo proveito deles. Inclusive, quem é aluno do curso Eu Militar tem acesso a um cronograma adaptável às particularidades de cada estudante. Esse cronograma foi desenvolvido por especialistas que foram aprovados em diversos concursos públicos e vestibulares do Brasil.

Não perca tempo com bobeira e inutilidades

Muitos jovens que se interessam por militarismo jamais serão militares. E, desde que ele não fique frustrado pelo resto da sua vida, não tem nenhum problema nisso.

Mas existe uma parcela significativa desses jovens que não serão militares e serão frustrados, principalmente caso não consigam bons empregos e bons salários no futuro. Infelizmente, essas pessoas tendem a ser amarguradas, distribuindo ódio para todos os lados e descontando suas frustrações nos outros.

Não faça parte desse grupo!

Se você se interessa pelo militarismo e tem vontade de ser militar, estude. Pare de jogar joguinho de tiro, pare de ver vídeo de tiroteio e abordagem policial, pare de defender políticos que estão com a vida ganha, pare de curtir fotos de pessoas fardadas o dia inteiro.

Pare de viver a vida dos outros!

Vai estudar!

Para de sonhar e pare de imaginar. Vá realizar!

Não seja um lambe-botas. Seja o cara que usa botas!

Conclusão: você já está na frente. Vai que dá!

Esperamos que esse material te auxilie nos seus estudos e acreditamos muito no teu potencial. Se você é jovem e está preocupado em estudar para ter um futuro bacana, você já está na frente da grande maioria das pessoas.

Transforme teu interesse em horas de estudo. Estude mais. Melhore. Busque a perfeição. Otimize seu tempo e o seu processo de aprendizagem.

O sucesso virá. A aprovação é logo ali!

Um abraço, estude como uma máquina e conte conosco.

Categorias
educacao

A Guerra do Pacífico (1879 – 1884)

A Guerra do Pacífico foi um conflito que envolveu diretamente Chile, Peru e Bolívia por aproximadamente cinco anos. Esse episódio tem profundos impactos na Geografia, na economia e na política desses países até hoje, resultando em constantes tensões diplomáticas.

Vamos conhecer um pouco mais?

Antecedentes:

  • Pouca precisão em fronteiras dos países sul-americanos desde os tempos de colonização espanhola;
  • Relativa estabilidade política e econômica no Chile;
  • Crise econômica no Peru;
  • Grande instabilidade política na Bolívia.

O que estava em jogo?

A região de Antofagasta, atual extremo norte do Chile.

Essa região pertencia originalmente à Bolívia e dava aos bolivianos uma saída para o mar. É uma área inóspita, predominantemente desértica e abriga o deserto do Atacama, conhecido como o deserto mais seco do mundo. A princípio, essa região não tinha muita importância e permaneceu pouco explorada até o século XIX, quando foram descobertas fontes de guano (material que serve como adubo e que tem grande valor de mercado) e salitre (nitrato de potássio, utilizado como fertilizante e na fabricação de explosivos, também com grande valor mercadológico).

O pré-guerra:

Como o Chile tinha melhores condições políticas e econômicas e contava com o apoio do capital da Inglaterra, a grande maioria das empresas instaladas no Deserto do Atacama eram chilenas e de capital inglês. Naturalmente, uma grande quantidade de chilenos foram habitar a região, que pertencia à Bolívia. A partir disso, foi feito um acordo comercial entre os dois países, entretanto, a ocupação da região por chilenos e os interesses do país vizinho na região preocupavam o governo boliviano. Como medida de precaução, a Bolívia assina em 1873 um tratado de ajuda mútua com o Peru, que também via com preocupação um possível expansionismo chileno.

Em 1878, no auge de sua crise política e econômica, a Bolívia resolve aumentar os impostos sobre as empresas chilenas instaladas na região, o que ia contra o acordo comercial assinado anos antes. Em resposta, o Chile envia uma tropa ao porto de Antofagasta, dando início aos conflitos. O Peru ainda tenta resolver a questão por vias diplomáticas, mas sem êxito.

A guerra:

Em 1879 a guerra teve início com tropas chilenas avançando sobre o território boliviano. Mas, num segundo momento, os principais acontecimentos foram no Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul. Isso porque a região em disputa é extremamente inóspita, com elevadas amplitudes térmicas (variação na temperatura), escassez extrema de recursos hídricos, impossibilidade de cultivo de alimentos e dificuldade de transporte de tropas e suprimentos. Sendo assim, todo o transporte deveria ser feito pelo mar e, consequentemente, quem dominasse o litoral teria enorme vantagem na guerra. A Bolívia, em meio à grave crise, praticamente não tinha marinha. O Peru, também em crise, tinha uma frota mais antiga. Já o Chile possuía uma frota mais moderna, o que lhe deu grande vantagem.

No início, o Peru, apesar de sua inferioridade, consegue bons resultados graças às atividades do mítico Almirante Grau. Entretanto, a frota chilena, mais numerosa e em melhores condições, consegue reverter a situação e, após briosa resistência dos homens do almirante Grau a bordo do navio peruano Huáscar, o Chile finalmente consegue a soberania no litoral. A partir daí, com bloqueios de suprimentos para as minguadas tropas bolivianas e peruanas, o Chile consegue se impor e vencer a guerra também em solo desértico.

A Argentina, que também tinha divergências territoriais com o Chile, cogitou a se posicionar a favor de Peru e Chile. Entretanto, o Chile prometeu abrir mão da disputa por boa parte da região da Patagônia (extremo sul do continente) e os hermanos mantiveram a neutralidade.

Resultado:

Já com a vitória confirmada, o exército chileno adentrou o território peruano até a capital Lima, efetuando saques e causando terror na população civil peruana. Esse episódio é visto até hoje como uma covardia e motivo de vingança para a população peruana, que nutre grande rivalidade em relação aos chilenos.

Já a Bolívia perdeu seu território para o Chile e ficou sem saída para o mar, o que é motivo de vários problemas de ordem econômica até hoje. Desde então,  uma série de tentativas diplomáticas foram feitas, mas sem sucesso, e a busca por uma saída para o Pacífico consta na atual constituição boliviana.

Enquanto isso, o Chile, vencedor da guerra, aumentou seu território e explorou por anos o guano e o salitre da região. Mais tarde, foram encontradas ainda enormes minas de cobre, o que ajuda a tornar o Chile o maior produtor de cobre do mundo.

E é isto! Até a próxima…

Categorias
educacao geografia

Intemperismo, erosão e sedimentação

Água mole 💧
Em pedra dura, ⛰️
Tanto bate
Até que fura. 👉👌

Esse ditado popular é extremamente famoso e sábio, mas a sabedoria não está somente na persistência à qual o ditado se refere.

Se liga só:

Primeiro, é preciso diferenciar os agentes exógenos (externos) dos endógenos (internos). Os agentes endógenos são aqueles originados no interior do planeta, a partir, principalmente, do tectonismo. Já os agentes externos são originados/desenvolvidos no exterior da Terra, ou seja, na superfície e na atmosfera. Por isso são considerados agentes modeladores do relevo.

Em geral, sua atuação é lenta, gradual e se desenvolve ao longo do tempo geológico.

A água de chuvas, rios e mares, o gelo, os ventos, a radiação solar, os animais e até bactérias são os principais agentes externos do relevo. Suas atuações dão origem a três processos:

Intemperismo

É o desgaste sofrido por materiais devido à ação dos agentes externos.

Pode ser dividido em:

– Intemperismo físico: é o desgaste mecânico dos materiais. É promovido pela força exercida por outros materiais, pela água, por ventos e grãos jogados pelos ventos contra as rochas (abrasão), pelas mudanças de temperatura e pressão e pelo gelo.

– Intemperismo químico: é o desgaste de materiais através de interações químicas entre os minerais de uma determinada rocha ou solo e de substâncias que servem como solventes. O principal agente do intemperismo químico é a água, que pode se juntar a outras substâncias ou pode promover o intemperismo químico por si só.

– Intemperismo biológico: é o desgaste ocasionado pela ação de seres vivos, como animais, vegetais e bactérias. O intemperismo biológico pode ser, ao mesmo tempo, químico e físico. Algumas árvores, por exemplo, exercem força mecânica através de suas raízes, mas também podem produzir substâncias que interagem quimicamente com rochas e/ou solos.

Obs: as interferências humanas no relevo costumam ser mais rápidas, com resultados perceptíveis aos nossos olhos na escala de tempo humana. Atividades de exploração mineral são bons exemplos.

Erosão: é o transporte dos materiais que foram intemperizados. Pode ocorrer a partir da ação do vento (eólica), da chuva (pluvial), dos rios (fluvial), dos mares (marinha) e do gelo (glacial).

Sedimentação: é o depósito dos materiais intemperizados e erodidos em um determinado local.

Ficamos por aqui! Um abraço e até a próxima…

Categorias
Atualidades

Sobre a SpaceX

Parafraseando um escritor chamado Sadraque Rosemberg: Quem nunca quis saber qual a sensação de morar em outro planeta?

E se eu te dissesse que há uma empresa que estuda justamente essa ideia, você acreditaria?

A SpaceX é uma empresa privada norte-americana de transporte aeroespacial.

Seu fundador, Elon Musk, sempre teve planos audaciosos e extravagantes: seu objetivo é promover uma espécie de “popularização” das viagens espaciais, barateando os custos do transporte espacial, o que possibilitaria a ida de pessoas “comuns” (não astronautas) ao espaço e, talvez, a colonização de Marte.

A SpaceX já havia sido a primeira empresa privada a enviar uma nave espacial para a Estação Espacial Internacional e voltou a ganhar grande notoriedade nos últimos dias, ao ser a primeira empresa privada a enviar tripulação ao espaço.

Entretanto, se deixarmos de considerar apenas a iniciativa privada, o pioneirismo da SpaceX não é tão pioneiro assim, já que várias expedições já foram organizadas pelos poderes públicos de diferentes países, com destaque para a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Estados Unidos e China.

Em 1961, o soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro humano a viajar pelo espaço, mas o primeiro ser vivo terráqueo a orbitar a Terra não foi um humano. Antes, vários animais, como cachorros e macacos foram utilizados em testes por EUA e URSS. Até onde se sabe, o primeiro ser vivo a realmente entrar em órbita foi Laika, uma cadela que vivia nas ruas de Moscou e viajou a bordo do Sputinik 2 em 1957. No mesmo ano, a URSS já havia enviado ao espaço o primeiro satélite artificial da história, o Sputinik 1. Só em 1969 o voo norte-americano Apollo 11, comandado pelo astronauta e professor Neil Armstrong, levou pela primeira vez o ser humano à lua.

Se no período da Guerra Fria, EUA e URSS dividiram a hegemonia nas expedições espaciais, atualmente é a China que vem ganhando destaque, com um grande orçamento destinado ao setor aeroespacial. Recentemente o país iniciou a construção de sua nova estação espacial e uma sonda chinesa foi a primeira a pousar no lado mais afastado da lua, onde o país quer construir uma base habitada. Além disso, a China pretende lançar a primeira usina espacial de energia solar do mundo.

Como podemos ver, os projetos estatais dominam o que existe de mais avançado já produzido pela humanidade. Inclusive, a própria SpaceX utilizou financiamento estatal e tecnologia estatal via NASA, e os dois astronautas que chegaram essa semana à estação espacial são funcionários experientes da NASA que já estiveram no espaço antes.

As explicações para a hegemonia da iniciativa pública nesse setor giram em torno dos elevadíssimos investimentos necessários, do altíssimo risco e do retorno lento e de difícil mensuração. Nesse cenário, é praticamente impossível que uma empresa privada, que tem como objetivo garantir lucro aos seus acionistas, se aventure nesses desafios. E é por isso que Elon Musk merece reconhecimento por sua coragem e audácia.

Categorias
Atualidades

Os principais parceiros comerciais do Brasil

E aí, sabe quais são esses países?

Se não sabe, relaxa! Te explico tudo aqui nesse post! 👇

Os maiores parceiros comerciais do Brasil são:

  • China
  • EUA;
  • Argentina;
  • União Europeia;

Obs.: Essa ordem pode variar de acordo com os critérios estabelecidos e os períodos de análise. Mas, em geral, esses sãos nossos principais parceiros comerciais.

Vamos conhecer melhor cada um deles:

  1. China

A China é, de longe, nossa maior aliada nessa área. Mais de um quarto (25%) de todas as nossas exportações foram para o gigante asiático. Produtos primários como minério de ferro, soja, óleo bruto de petróleo e carnes lideram as exportações para os chineses, que possuem níveis de crescimento econômico incomparáveis há décadas e caminham a passos largos para se tornarem a maior economia do planeta.

Nas importações, que representam um quinto (20%) do total de importações brasileiras, o destaque foi para produtos manufaturados e industrializados de tecnologia avançada.

Além disso, a China faz pesados investimentos no Brasil – principalmente no setor de infraestrutura – e vários bancos chineses têm atuação relevante no mercado brasileiro.

  1. EUA

O país norte-americano era nosso maior parceiro comercial até ser desbancado pela China.

Óleo bruto de petróleo, derivados de ferro e aço e celulose são alguns dos produtos que lideraram as exportações para o Tio Sam.

Já os produtos mais importados dos EUA ultimamente são combustíveis, produtos industrializados de alta tecnologia, peças de carro e produtos do setor farmacêutico.

  1. Argentina

Nossos hermanos são outro grande parceiro comercial. Além da proximidade geográfica, a Argentina é a segunda economia mais forte da América do Sul e também faz parte do Mercosul (Mercado Comum do Sul), o que contribui para que as relações sejam estreitas e benéficas para ambos os países.

Produtos do setor automobilístico, veículos de carga e produtos primários como trigo e soja são os principais itens comercializados entre Brasil e Argentina.

Entretanto, devido à adoção de uma política econômica desastrosa nos últimos anos e à grave crise econômica pela qual passou, a Argentina diminuiu muito as importações e as exportações para o Brasil.

  1. União Europeia

A União Europeia é outra grande parceria comercial dos brasileiros.

Se somarmos seus países membros, a União Europeia está na frente dos EUA, inclusive.

Países como França, Holanda e Alemanha estão entre os países com maiores relações comerciais com o Brasil. Em geral, exportamos produtos primários e importamos produtos de alto valor agregado.

Um possível acordo com o Mercosul pode incrementar as atividades comerciais dos países europeus com o Brasil. Por outro lado, há o risco de nossa indústria ser ainda mais prejudicada.

O Oriente Médio ganha cada vez mais destaque quando o assunto é o comércio com o Brasil. As exportações brasileiras para os países dessa região são significativas, mas, em geral, se limitam a produtos primários, como carne bovina, carne de frango, milho e açúcar.

Ficamos por aqui…

Continue acompanhando nosso blog para ter acesso a mais posts como este.

Categorias
militarismo

Como começar a estudar para concursos militares?

Fala, pessoal!

Indo para a terceira e última parte da nossa tal “minissérie“ de estudos, nós separamos para vocês umas dicas valiosíssimas que vão facilitar (e muito) a sua vida na hora de organizar uma rotina de estudos sólida e eficaz para quem está começando do zero.

Antes de qualquer coisa, é importante que você tenha em mente quais são as suas motivações (sonho, necessidade, influência, estabilidade ou quaisquer que sejam os seus fundamentos) e qual concurso vai prestar.

Se você ainda tem dúvidas, vamos deixar o link das outras duas postagens (“Por que quero ser militar?“ e “Qual concurso escolher?“) no final dessa publicação.

Após decidir que você pretende seguir carreira militar nós, do Eu Militar, entramos na jogada para te ajudar a se preparar da melhor maneira. Dessa forma, organizamos aqui um passo a passo bem eficiente para quem está começando agora com a vida de “concurseiro“. Veja a seguir:

1º passo: buscar o último edital do curso que você escolheu.

Lá você vai encontrar absolutamente tudo a respeito do concurso que vai prestar. Saberá quais são as matérias, altura mínima, idade exigida, parte física, tempo de duração de prova e muito mais. Então se prepare para ler essa belezinha umas 3 (três) vezes, no mínimo.

2º passo: buscar as provas anteriores.

Agora que você já comeu o edital com arroz e feijão e sabe tudo sobre o concurso, pode começar com a resolução das provas anteriores. Pegue uma prova ao acaso e resolva no tempo estipulado pela própria instituição. É importante que você vá na cara de pau, sem nem mesmo abrir um livro antes, assim conseguirá ver em quais assuntos tem mais dificuldades e no que precisará dar ênfase ao montar sua rotina de estudos.

Esqueça teu quarto ou tua casa, a partir do momento que pegar a prova você estará na sala de aula prestando concurso. É importante seguir algumas regras, como: pausa só para ir ao banheiro ou beber água, sem consulta, celular desligado ou, no máximo, no cronômetro e, quando terminar o tempo estipulado, pare imediatamente, independentemente da quantidade de questões que realizou.

3º passo: a correção.

No início é provável que você não se saia tão bem quanto o esperado, mas isso é algo normal e – acredite – todos nós já passamos por isso.

Quando for corrigir seu cartão de respostas você precisa ser honesto consigo mesmo. Não tem aquela de “Ah, mas eu quase marquei essa opção aqui, vou dar meio certo“ ou “hmm, errei de bobeira, mas o assunto eu sabia, então não vou considerar como errado“. A partir desse momento será possível definir quais são os tópicos que precisa priorizar.

4º passo: Procurar os livros da bibliografia.

Essa parte será encontrada no próprio edital do concurso. A partir da bibliografia você conseguirá compreender de onde surgiram as questões que são cobradas na prova.

Sinto te informar que não há uma fórmula mágica, então a melhor forma de estudar é com base na resolução de exercícios.

Viu toda a parte teórica de determinado assunto?

Se a resposta for “sim“, você está no caminho certo!

Esse é aquele momento em que o filho chora e a mãe não vê, mas com foco e determinação nós vamos passar por essa fase juntos.

  • Fique atento também ao conteúdo programático de cada matéria para que você não perca tempo e atenção estudando conteúdos que não serão cobrados, a menos que realmente queira estudá-los.

5º passo: montar um cronograma de estudos.

Esse nosso último passo atinge uma área bem particular da vida de cada um. As condições para montar um bom cronograma de estudos vão variar de aluno para a aluno, dependendo se você trabalha, estuda (escola/faculdade/curso), e diversos outros fatores que podem afetar na sua disponibilidade em tempo integral nesse período de preparação.

O melhor conselho que podemos te dar é: Quando não estiver dormindo, comendo, trabalhando ou no banheiro, esteja estudando. Depois que passar na prova você pensa em sair com os amigos, baixar aquele jogo no celular novamente e dar festinha em casa. Agora, nessa fase de preparo, é preciso ter concentração nos estudos.

Ficamos por aqui!

Links:

1) Por que quero ser militar?

Por que quero ser militar?

2) Qual concurso escolher?

Qual concurso escolher?

Para saber mais sobre esse assunto assista o vídeo completo no nosso canal no YouTube:

Categorias
militarismo

Qual concurso escolher?

E aí, galera!

Para quem está chegando agora: Nós decidimos criar algo que apelidei de “minissérie educacional” (escolher nomes não é meu forte, nitidamente, rs). Nela separamos 3 (três) tópicos, que são principais temas de perguntas feitas por aqueles que estão iniciando os estudos para prestar concursos militares.

Se você ainda não viu o primeiro post (“Por que quero ser militar?”), vamos disponibilizar o link aqui no final da página para que não perca nada.

Nossa leitura de hoje será a respeito do segundo tópico dessa nossa tal “minissérie”:

Qual concurso escolher?

Para quem está decidido a ingressar nas forças armadas, separamos diversas opções de concursos possíveis, como por exemplo:

a) Aprendiz de Marinheiro;

b) Fuzileiro Naval;

c) EEAR/ESA;

d) EsPCEx, AFA, EN;

e) EFOMM;

f) PM -> oficial e soldado (nesse aqui vamos dar uma pincelada, embora o foco do Eu Militar seja nas 3 (três) forças armadas, pois é importante que vocês tenham um conhecimento maior acerca desse mundo de concursos e talvez estejam abertos a outras oportunidades).

Conhecendo cada um deles:

a) Escola de Aprendizes-Marinheiros (EAM)

  • Ao ser aprovado no processo seletivo para EAM você será um soldado marinheiro;
  • As escolas de formação encontram-se em: Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Espírito Santo;
  • Lá você passará 48 semanas (aproximadamente 11 meses) tendo instruções, recebendo treinamento militar e fazendo provas práticas e teóricas;
  • Ao se formar como aprendiz-marinheiro você trabalhará embarcado, tendo a oportunidade de conhecer outros estados ou até mesmo outros países.
  • Pela EAM você poderá chegar a suboficial da Marinha.

b) Fuzileiro Naval (FN)

  • O Curso de Formação ocorre no Rio de Janeiro e tem a duração de 17 semanas (aproximadamente 4 meses);
  • O aluno, ao se formar, vira soldado da Marinha também, como pela EAM, porém o FN atua no Corpo de Fuzileiros Navais;
  • Resumidamente: esse curso é para quem gosta mais da área operacional. O FN é aquele “cara” que você vê em filmes subindo em comunidades, em combate aproximado trocando tiros, com treinamento bem pesado.

c) EEAR/ ESA

– Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR):

  • No concurso as matérias cobradas, de modo geral, são: física, matemática, inglês e português;
  • Ao ser aprovado no processo seletivo, você estudará em Guaratinguetá (SP) por aproximadamente 2 (dois) anos, tendo instruções militares e aprendendo a sua especialidade;
  • Após esse período de formação o aluno sai da escola como terceiro-sargento da Aeronáutica e poderá servir em diversas bases aéreas pelo Brasil;
  • Pela EEAR você também poderá chegar a suboficial, porém – obviamente – da Aeronáutica.

– Escola de Sargentos das Armas (ESA):

  • Nesse concurso que forma terceiro-sargentos do Exército as matérias cobradas são: português, redação, literatura, matemática, história, geografia e inglês.
  • O período de formação é de 2 (dois) anos e é divido em duas fases. Na primeira, com duração de 1 (um) ano,  você poderá escolher entre 12 Organizações Militares de Corpo de Tropa (OMCT) divididas pelo Brasil. Já na segunda você poderá estudar em Três Corações (MG) ou na EsSLog (RJ);
  • Na EsSLog poderá cursar Topografia, Material Bélico, Intendência, Saúde, Música e Manutenção de Comunicações;
  • Em Três Corações poderá cursar Infantaria, Artilharia, Comunicações, Engenharia e Cavalaria;
  • A carreira começa como terceiro-sargento e pode ir até capitão;
  • Dentro da carreira de sargentos, durante a formação, há também a oportunidade de tornar-se mecânico de aeronave;
  • A ESA te permite uma flexibilidade maior, você também poderá servir em pelotões de fronteira, em missões no exterior, realizar diversos cursos operacionais, etc.

d) EsPCEx, AFA, EN

– Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx):

  • Escola que forma os oficiais do exército;
  • É necessário ter, no mínimo, 17 e, no máximo, 22 anos;
  • Duração de 5 (cinco) anos, sendo 1 (um) ano em Campinas e 4 (quatro) anos em Resende;
  • Depois de formado você já sai como segundo-tenente, podendo chegar a general do Exército;
  • As matérias cobradas na prova são: português, matemática, geografia, história, física, química, inglês e redação. (Essa parte intelectual de preparo para as provas nós vamos abordar em outra postagem).

– Academia das Forças Aéreas (AFA):

  • Se você quer ser aviador e pilotar aviões, esse é o caminho;
  • Fica em Pirassununga (SP);
  • O período de formação dura 4 (quatro) anos;
  • É possível fazer a prova para entrar direto ou entrar pela EPCAR.

– Escola Naval (EN):

  • Após se formar pelo Colégio Naval (que tem a duração de 3 anos) o aluno já vai direto para a Escola Naval;
  • Lá ele poderá ser fuzileiro oficial (como tenente) ou marinheiro (também como tenente).

e) Escola Formadora de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM)

  • Período de Formação pode ser em Belém ou no Rio de Janeiro;
  • Duração de 3 (três) anos;
  • Você poderá se formar em náutico ou em máquinas;
  • Se você sonha em se virar prático – para manobrar navios – esse é o melhor caminho.

Além dos concursos já citados, não poderíamos deixar de falar também a respeito de concursos como para o Instituto Militar de Engenharia do Exército (IME) e para o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA). Nessas escolas você terá uma experiência única de se formar com profissionais do mais elevado nível intelectual, mas para isso é necessário um preparo prévio, organizado e constante.

f) Polícia Militar (PM)

– Oficial:

  • Prova estadual, cada estado tem sua particularidade;
  • O candidato precisa ser formado em Direito;
  • Sai formado como tenente da PM;
  • O período de formação dura 3 (três) anos.

– Soldado:

  • O tempo de formação é determinado pela Organização Militar de cada estado;
  • A maioria dos concursos citados se encaixa para candidatos na faixa etária de 17 a 26 anos, caso você já tenha passado dessa idade e despertou o interesse para a área militar um pouco mais tarde, por volta dos 30 anos, esse é o concurso ideal.

E é isto!

Links:

1) Por que quero ser militar?

Por que quero ser militar?

3) Como começar a estudar para concursos militares?

Como começar a estudar para concursos militares?

Para saber mais sobre esse assunto, veja o vídeo completo no nosso canal do YouTube: