Fala, galera! Esperamos que esteja tudo bem com vocês!
Para o post de hoje, nós, do Eu Militar, organizamos um “resumão” com a rotina do aluno do nosso tão sonhado concurso da ESA.
Pode acreditar que dificilmente alguém vai te contar melhor que um próprio militar como é a rotina de um combatente (ainda bem que temos a sorte de ter uma equipe formada por professores concursados e integrantes das forças armadas 🤭). Então “bora” ver o que o terceiro-sargento e professor de matemática Caio nos diz a respeito:
Vai descendo o post! 👇
Antes de compreendermos como foi ser aluno da Escola de Sargentos das Armas é de extrema importância que saibamos como ele chegou até lá – acredite, isso aqui vai te servir como motivação.
Nossa história começa em 2010, quando ele terminou o ensino médio sabendo nada com nada (mesmo estudando em escola particular, não deu valor algum aos estudos). Foi quando Andrews (seu amigo pessoal, atualmente 3º sargento de Infantaria e suporte e administrador do Eu Militar) deu a ele o conselho de estudar para concursos militares. O 3º sgt. Caio passou o ano todo estudando fielmente para chegar lá “na hora do vamos ver” e tomar aquela porrada, foi reprovado por português – e é aqui que a parte motivacional entra – no começo ele ficou frustrado, pensou em desistir e tentar uma faculdade (ainda bem que não fez isso, do contrário, eu, uma mera mortal, não estaria aqui escrevendo para vocês), mas logo se recompôs e retomou os estudos. Em 2012 passou mais um ano de muita privação e foi aprovado. Iniciou os estudos em Pouso Alegre – MG (vou disponibilizar no final deste post o link do vídeo em que ele conta como foi seu primeiro dia no exército).
Como você já deve saber: no final do período básico cada aluno escolhe sua arma. O sgt. optou por infantaria.
Chegando lá você já toma um choque: o prédio, a quantidade de alunos, os instrutores gritando e apitando o tempo todo, tudo assusta.
Já se prepara para dormir meia-noite, uma ou duas da manhã – se você dormir – e acordar às 4h. O curso já começa com uma quarentena (como o próprio nome já diz, são 40 dias sem poder sair para a rua) e logo após começam as instruções. Na época em que ele estudou (2014) durante o dia os alunos tinham instruções militares – algumas na própria ESA – e em seguida tinham uma prova em relação à matéria estudada. No início, as instruções eram na própria ESA, mas em seguida muitas passaram a ser no Atalaia (um campo de instrução que ficava a 4 km da base de Três Corações) – e adivinhem – eles iam marchando até lá com fuzil, mochila e capacete sempre que tinha treinamento.
De 10 meses de duração da ESA, pelo menos 5 meses foram no campo tendo instruções, fazendo acampamento, fazendo marcha, orientação no terreno, muito TFM (treinamento físico militar). Então basicamente era: de manhã instrução, de tarde TFM para se preparar para o TAF (teste de aptidão física), muitos acampamentos (aproximadamente 12), acampamento da infantaria de patrulha, duas marchas de 50 km, etc.
Nos finais de semana, se não estiver punido ou de faxina, você pode ir para a rua. Alguns alunos optam por alugar uma casa e fazer uma espécie de república. Todo mês há um licenciamento para que os alunos possam ver a família, saem ônibus de lá direcionados a diversas partes do Brasil para facilitar a locomoção e no meio do ano há também as férias de julho. Em 2014 houve a Copa do Mundo e a turma pegou 21 dias em casa.
Há também as olimpíadas que rolam entre a Escola de Sargentos das Armas contra a Escola de Sargentos da Aeronáutica e a Escola de Sargentos da Marinha e dentro dessas modalidades você pode competir.
Depois de uns três, quatro meses o dia a dia é bem mais calmo na ESA, os treinamentos vão apenas até 17h, às 18h você janta e fica livre até meia-noite para fazer o que achar melhor.
Obs.: As provas de infantaria não são tão puxadas, mas quando somadas à rotina, que é extremamente cansativa, acabam dificultando a vida do aluno.É importante ter foco, pois são essas notas que definirão para qual estado você vai.
E é isto! Ficamos por aqui e até a próxima!
Vídeo: “Como foi o meu primeiro dia no exército?”