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As Reformas Pombalinas (1750-1777)

As Reformas Pombalinas foram um conjunto de reformas administrativas feitas pelo ministro português Sebastião José de Carvalho, o Marquês de Pombal, no Estado português.

Pombal tinha como objetivo dois feitos:

  1. Modernizar o Estado;
  2. Recuperar a economia portuguesa, ampliando ao máximo os lucros provenientes da exploração colonial.

É preciso termos em mente que, nesse momento, Portugal sofria com a independência financeira da Inglaterra, com a perda de áreas coloniais pelo mundo e com a decadência da exploração do ouro no Brasil.

Dessa forma, para contornar esses problemas, o ministro tomou algumas medidas, tais como:

  • Instituiu a cobrança anual de 1500 quilogramas de ouro (ou 100 arrobas) e a derrama nas áreas mineradoras do Brasil;
  • Instituiu o Erário Régio (conhecido também como Tesouro Público Português), para controlar os gastos públicos;
  • Fundou companhias de comércio para dinamizar e aumentar o fluxo comercial entre colônia e metrópole;
  • Transferiu a capital da colônia do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, em função da localização estratégica do Rio de Janeiro, de onde saía o ouro produzido em Minas Gerais e por onde entravam mercadorias estrangeiras na colônia;
  • Empreendeu uma reforma educacional para acabar com controle clerical sobre o ensino;
  • Expulsou os Jesuítas de todos os domínios portugueses em 1759, devido aos constantes conflitos entre os Inacianos e os colonos em razão da escravização dos indígenas;
  • Leiloou e doou as terras antes pertencentes aos Jesuítas para os colonos as utilizarem como zonas de exploração econômica;
  • Estabeleceu o Diretório, uma legislação que proibia a escravização de indígenas e incentivava a miscigenação entre nativos e portugueses, com o objetivo de angariar apoio dos indígenas e convertê-los em súditos do rei e em agentes da colonização de novas áreas;
  • Permitiu que os indígenas assumissem cargos, honrarias e sobrenomes portugueses;
  • Estabeleceu a transformação das aldeias em vilas;
  • Proibiu o uso da Língua Geral, uma língua derivada do Tupi, que era usada na comunicação entre indígenas, mestiços e portugueses;
  • Pôs fim às Capitanias Hereditárias, que, a partir dali, seriam administradas diretamente pelo governo português;
  • Incentivou o desenvolvimento de uma indústria nacional para livrar Portugal da dependência inglesa.